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Jefferson L. Orlando - Dona Neide e o Scooby.



Nesta semana estava saindo de casa e uma chuva forte me pegou no meio do caminho e quando decidi voltar, chegando em casa encontrei a Dona Neide* no hall do apartamento onde moro. 

Conversamos muito rapidamente e a mesma sempre muito sorridente e feliz, pergunto-me como estava a Vick*** e começamos a conversar um pouco mais...

Falei que ela estava muito bem e abri a porta do apartamento para elas se verem. Dona Neide brincou um pouquinho com a Vick e logo depois ela me contou uma história muito bonita que ao final da mesma me fez imediatamente pensar em escrever este texto que está lendo agora.

Vou descrever abaixo nossa conversa da forma mais fiel que eu conseguir:

- Sabe filho, há um tempo estava em casa só eu e o Scooby**, naquele dia meu filho não estava.

- Resolvi fazer um almoço, fiz frango, arroz, farofa e uma saladinha.

- Dei um ossão do frango para o Scooby, pois ele adora ficar roendo osso e comendo umas carninhas que vão juntas. Ele pegou o ossão e foi correndo comer...

- Eu comecei a almoçar e de repente me engasguei feio com um pedacinho de osso do frango e não estava conseguindo respirar...

- Tossia, tossia, batia no peito e nada...

- Estava ficando sem ar e comecei a ficar desesperada...

- Naquele dia não tinha ninguém em casa e já estava sem forças de gritar socorro para os vizinhos. Estava sem ar e pensei que iria morrer engasgada.

- Foi quando Scooby já preocupado com a minha situação pulou com as duas patas no meu peito e na mesma hora eu engoli o pedacinho do ossinho e consegui respirar...

- Filho, o Scooby salvou a minha vida, se não fosse ele eu tinha morrido. E ainda dizem que os animais não entendem o que falamos e sentimos. Eu amo minha criança (Scooby)!

- Filho, sempre conto essa história para as pessoas, eu sempre gostei de cachorros, eles são incríveis. Eu adoro todos os animaizinhos...

- Nossa Dona Neide, linda história... emocionante...

- Deixa eu ir lá filho, voltar para o trabalho. Até mais...

- Até mais Dona Neide...

Ao final da história Dona Neide, estava com os olhos cheios de lágrimas e era possível sentir o amor e gratidão que aquela jovem senhora tinha pelo Scooby e o prazer de compartilhar aquela história comigo.

A todo momento a vida está nos ensinando, alguns minutos atrás estava saindo do prédio para ir ao banco e caiu uma tempestade no meio do caminho, mesmo com um guarda-chuva bem grande o mesmo não dava conta de me proteger daquela chuva. Fiquei um tempo dentro do restaurante que fica de esquina com a rua onde moro e resolvi voltar para a casa, pois aquela tempestade não parava.

Não poderia imaginar que um “imprevisto” me daria a oportunidade de ouvir essa bonita história da Dona Neide. A vida sem dúvida é a maior das escolas. Sempre vai depender de como olhamos para os sinais que ela nos apresenta a todo o momento em nossa caminhada e principalmente entender a benção que é estar “vivo” “vivendo a vida.”

Fique de olhos bem abertos para os “sinais da vida”, não somente com os olhos terrenos, mas principalmente para os olhos do espírito, aqueles que preenchem e tocam o coração.

Amor
Determinação
Confiança

Jefferson L. Orlando

* Dona Neide: É uma jovem senhora que trabalha na limpeza do prédio onde eu moro, recolhe o lixo de quinze andares totalizando 60 apartamentos, duas garagens e faz as limpezas de todas as áreas comuns de todo o prédio de segunda a sábado. Sempre está sorridente, alegre e feliz, mesmo sendo um trabalho muito pesado para somente uma pessoa fazer.

** Scooby: Seu cachorro salva-vidas sem raça definida.

*** Vick Maria: Nossa cachorrinha Beagle de 11 anos. Simplesmente o xodó de casa.

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