Só
eu sei quantas coisas que eu vi nas casas onde passei, por isso prefiro a
melhor casa que eu poderia encontrar: aquela cuja porta de entrada e saída
termina em mim mesmo...
Sempre
entrei pelas casas alheias, com pés descalços e calado, pedindo permissão para
escutar e tentando ao máximo sair sem ter o que dizer de mal, pois respeito é a
moeda corrente que a gente paga pelo que aprendemos em cada casa, mas
infelizmente, também aprendemos muita coisa estranha e maléfica em cada lugar.
Mesmo assim, não cabe a nós, peregrinos dessa estrada, sair por aí disseminando
o correio do maldizer.
Saio,
assim como entro, de cada casa, deixando portas e janelas abertas para um
retorno, mas devo dizer que a cada dia que passa, mas tenho vontade de me
trancar em minha própria casa e de uma vez por todas, ter coragem de buscar
dentro o que tanto busca nas casas alheias.
Frank Oliveira
- Frank Oliveira é o pseudônimo de
Francisco de Oliveira, outros textos podem ser acessados em seu blog: www.cronicasdofrank.blogspot.com