Há entre vós uma coisa
que sempre vos excita a atenção e a curiosidade. Esse mistério, pois que o é e grande
para vós, é a ligação, ou antes, a distância existente entre a vossa alma e a
dos animais, mistério que, a despeito de toda a sua ciência, Buffon, o mais
poético dos naturalistas, e Cuvier, o mais profundo, jamais puderam penetrar,
assim como o escalpelo não vos detalha a anatomia do coração. Ora, sabeis, os
animais vivem, e tudo o que vive pensa. Não se pode, pois, viver sem pensar.
Assim sendo, resta demonstrar-vos que quanto mais o homem avança, não conforme
o tempo, mas conforme a perfeição, mais penetrará a ciência espiritual, o que
se aplica não somente a vós, mas ainda aos seres que estão abaixo de vós: os
animais. Oh! exclamarão alguns homens persuadidos de que o vocábulo homem
significa todo o aperfeiçoamento, mas há um paralelo possível entre o homem e o
bruto? Podeis chamar inteligência aquilo que não passa de instinto? Sentimento
o que é apenas sensação? Numa palavra, podeis rebaixar a imagem de Deus?
Responderemos: houve um tempo em que a metade do gênero humano era considerada
no nível do irracional, onde o animal não figurava; um tempo, agora o vosso, em
que a metade do gênero humano é encarada como inferior e o animal como bruto.
Então? Do ponto de vista do mundo é assim, não há dúvida. Do ponto de vista
espiritual a coisa é diferente. O que os Espíritos superiores diriam do homem
terreno, os homens dizem dos animais.
Tudo é infinito na Natureza: o material como o espiritual. Ocupemo-nos, pois,
um pouco, desses pobres brutos, falando espiritualmente, e vereis que o animal
pensa realmente, desde que vive.
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Canal Sol do Everest: www.youtube.com/soldoeverest
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